Alexandra Borges deixa a TVI

Depois de 21 anos na estação de Queluz de Baixo, a jornalista anunciou, na passada terça feira, 03 de novembro, a sua decisão de deixar a TVI.
Desde janeiro de 2019, a jornalista era responsável pelo formato Alexandra Borges um projeto jornalístico de investigação, em nome próprio, cuja equipa era dirigida pela própria jornalista, à semelhança do de Ana Leal, jornalista que entretanto também deixou a TVI.
A jornalista recorreu às redes sociais na noite desta terça-feira para comunicar a sua saída da TVI, partilhando com os seu público as razões que a levaram a tomar esta decisão.
“A minha única motivação sempre foi A VERDADE. A verdade que não prescreve, que não discrimina os mais fracos e que não se mede pela carteira de cada um. Uma verdade que não seja conveniente mas sim isenta, rigorosa e, sobretudo, JUSTA.
Costumo dizer que o meu Pai me deixou a mais valiosa das heranças: a HONESTIDADE e LEALDADE, valores que não estão à venda nem se conseguem comprar, mas que, lamentavelmente, alguns desconhecem e desconhecerão sempre, pois é algo que se ganha no berço.
É este ADN que levarei comigo para um novo desafio profissional, desafio este que terá os ingredientes que sempre exigi na minha vida profissional, ambição em fazer melhor, lideranças competentes e sérias e projetos disruptivos que acrescentem qualitativamente tanto a quem os protagoniza como, também, ao nosso País.
Agradeço à TVI parte daquilo que hoje sou. Crescemos juntas, de forma leal e verdadeira, durante 21 anos porém, há 64 dias, tudo mudou.
Ao público, que me acompanha há 35 anos, posso garantir, de forma plena, que deixo a TVI por respeito aos meus valores e princípios, dos quais nunca abdicarei, custe a quem custar. Parto com a integridade que me (re)conhecem e espero continuar a merecer a vossa confiança.”
Importa recordar que, em 2019, Alexandra Borges foi considerada uma das três jornalistas mais influentes em Portugal, num estudo realizado pela Omnicom, Cision e Universidade Católica Portuguesa, que analisou a atuação de 45 profissionais do jornalismo com uma ação mais efetiva na sociedade, e ganhou o prémio de Melhor Jornalista/Repórter nos Troféus de Televisão Impala. Já em fevereiro deste ano, foi distinguida pela revista Lux como a personalidade feminina do ano de 2019 na categoria de TV/Informação.
Fim da revista Up, da TAP

Após 13 anos disponível, gratuita e mensalmente, a bordo dos aviões da TAP, é anunciado o final da Up, mas já foi lançado, pela companhia aérea, concurso para a produção de uma revista em suporte digital, de acordo com a tendência global da sustentabilidade e proteção ambiental.
A publicação de bordo da TAP, Up – Ouse sonhar mais alto, levantou voo a 1 de novembro de 2007 e versava sobre Portugal e o mundo, com artigos sobre turismo, arte, cultura, gastronomia, moda, estilo de vida e interesse geral. Estava suspensa desde o início do confinamento, com a última edição em março. A edição impressa, dirigida por Paula Ribeiro, não será retomada, passando o projeto editorial a assumir um formato exclusivamente digital.
Pelo caminho, a revista recebeu mais de 20 prémios, que a distinguiram como uma das melhores no segmento de viagens e turismo, a nível mundial. Ainda esta segunda-feira, a TAP anunciou, na redes sociais, novo prémio da Up, de Revista de Bordo Líder Mundial.
Com uma média oficial de um milhão e 700 mil leitores por edição, a Up partilhou um post com os números alcançados pela revista durante esta viagem. A publicação que agora termina tinha vindo substituir a revista Atlantis, um projeto iniciado em 1981.
Global Media Group avança com despedimento coletivo

A proprietária de títulos como o Jornal de Notícias, Diário de Notícias, O Jogo e TSF anunciou o despedimento de 81 trabalhadores, dos quais 17 são jornalistas. Segundo a administração da Global Media Group, em comunicado enviado na passada sexta-feira, dia 30, esta decisão foi tomada devido à “evolução acentuadamente negativa do mercado dos media, agora mais evidente com a presente pandemia”, que “precipitou os meios de comunicação social numa crise sem precedentes a que importa responder com fortes medidas de contenção”.
José Pedro Soeiro, presidente do conselho de administração, assegura que com esta medida o grupo pretende, “regressar a um nível económico e financeiro saudável, garantir a proteção de várias centenas de postos de trabalho e a continuidade dos inestimáveis serviços que os nossos meios de informação, alguns deles centenários, vêm prestando à comunidade, com qualidade e independência”.
De salientar que, na sequência da pandemia, a Global Media recorreu ao lay-off, no qual foram abrangidos 538 trabalhadores, e também beneficiou dos apoios estatais à comunicação social, recebendo cerca de 1 milhão de euros em compra antecipada de publicidade institucional.
O Sindicato dos Jornalistas, pela voz de Sofia Branco, em declarações à Antena 1, refere: “este grupo beneficiou do lay off em situação de pandemia e deixou passar o prazo que o lay-off previa contra os despedimentos e despediu”. Para o SJ, “os despedimentos e a degradação das condições de trabalho não podem ser a única resposta das administrações para resolver dificuldades económicas.”
Também o PCP declarou, em comunicado emitido no passado sábado, que se trata de uma, “decisão inaceitável, com graves custos e efeitos sociais para os atingidos e a generalidade dos trabalhadores, e que contribui para aprofundar a degradação do sector da comunicação social, a sua qualidade e pluralismo”.
Para o partido, a Global Media “está a comprovar que, nas condições do domínio dos grupos económicos, a chamada ‘crise dos media’ é sobretudo uma oportunidade e um instrumento de concentração capitalista e de poder, de mais exploração, degradação das condições de trabalho e regressão das liberdades de imprensa e informação, em vez de mais participação, democracia e progresso social, como é verdadeiramente necessário”.
Sendo assim, o partido exige mesmo a “suspensão e reversão imediatas” do despedimento coletivo naquela empresa e “proclama a urgência de fazer respeitar a Constituição da República relativamente ao impedimento da concentração monopolista na comunicação social”.
Recorde-se que este é já o terceiro processo de reestruturação levado a cabo pela Global Media. Os dois anteriores ocorreram em 2009 e 2014, tendo nessa altura sido despedidos 122 e 140 trabalhadores respetivamente. O Grupo obteve ainda vários “perdões de dívida” a bancos, investimentos de capital estrangeiro no valor de 15 milhões de euros e vendeu o edifício histórico do Diário de Notícias situado na Avenida da Liberdade, em Lisboa.
Já em setembro de 2020, Marco Galinha, fundador do grupo Bel, chegou a acordo para passar a deter 10,5% das ações, assumindo na altura a vontade de se tornar acionista maioritário (51%).
Os trabalhadores abrangidos por esta medida já começaram a ser notificados pela empresa.
Empower Brands Community lança novo site

Com o intuito de reforçar o seu posicionamento no digital, a Empower Brands Community| EBC, movimento agregador de entidades que acreditam no potencial das marcas e valorizam a sua importância para a economia, lançou um novo portal.
O objetivo é “continuar a promover iniciativas que inspirem e liguem as pessoas e que potenciem o conhecimento e a capacitação. Passado um ano de nos termos apresentado ao mercado, contamos já com mais de 230 entidades. Pretendemos que esta plataforma seja um palco de visibilidade e networking para todos os nossos membros”.
Segundo Cristina Amaro, fundadora e presidente da EBC, “existem muitas comunidades dentro e fora do marketing. O sentido de comunidade é uma tendência internacional, mas já́ antigamente nas aldeias as pessoas se ajudavam umas às outras. A ideia é darmos a mão e unirmo-nos porque juntos somos mais fortes do que separados. Acreditamos no valor das pessoas que trabalham as marcas, que contribuem para o crescimento das empresas e, por consequência, para o desenvolvimento da economia nacional.”
Digital News Initiative atribui 7,7M€ a projetos de jornalismo em Portugal

Entre 2015 e 2019, foram 32 os projetos de jornalismo em Portugal apoiados pelo fundo Digital News Initiative (DNI), criado pela Google para promover a inovação no digital e apoiar o jornalismo de qualidade.
No total foram atribuídos cerca de 150M€ em 662 projetos digitais de notícias de 30 países europeus, encontrando-se a Alemanha no topo de atribuição de verbas, com 21,5M€, seguida pela França (20,1M€), Espanha (12,1M€), Itália (11,5M€), Reino Unido (14,9M€) e, na sexta posição, Portugal (7,7M€).
Do montante atribuído a Portugal, 49% destinou-se à exploração de novas tecnologias, 24% ao combate à desinformação, 15% foram gastos para potenciar a divulgação de histórias locais e 12% para impulsionar receitas digitais.
Público, Impresa, agência Lusa, Cofina, Diário de Notícias, Global Media e Observador foram alguns dos principais meios de comunicação portugueses a usufruir do DNI. Fazem ainda parte da lista o INESC TEC, a Universidade do Porto, a empresa jornalística Região de Leiria, entre outros.
O jornal digital Observador é especialmente destacado pela Google pois utilizou os fundos do DNI para alargar a sua atividade ao áudio e desenvolver um serviço de voz para conteúdos de rádio e podcasts. Além da criação da Rádio Observador, com abrangência nacional, tornou-se um dos maiores serviços de podcasts do país, com 25% do mercado total de áudio on-demand e 180.000 utilizadores únicos mensais.
Também mereceram destaque da Google projetos como a Plataforma de Media Privados (PMP) – o Nónio, a plataforma tecnológica única criada pelos maiores grupos de comunicação que oferece conteúdos personalizados; a hub criada pela agência Lusa que permite a produção e circulação de notícias para e sobre outros países de língua portuguesa; o investimentos do Jornal de Notícias em conteúdo vídeo para a web; o projeto P24 do jornal Público; e as experiências de realidade aumentada com vídeos interativos em 360º criadas pelo INESC TEC.
Segundo Madhav Chinnappa, diretor de desenvolvimento do ecossistema de notícias da Google, em declarações à agência Lusa, “As pessoas estão a perceber como podem colaborar e em que podem competir, em vez de competir em tudo. Vamos ser mais sábios e escolher onde competir e onde podemos colaborar. Acho que essa tendência de colaboração vai continuar, o que é bom”, tendo acrescentado, “A colaboração em todas as formas é importante e a pandemia demonstrou o quão interconectados estamos”.
A lista completa de projetos criados pode ser consultada na plataforma da iniciativa.
De referir ainda que, em 2018, a Google lançou outra plataforma de financiamento, a Google News Initiative, que tem por objetivo investir 300 milhões de dólares no desenvolvimento do jornalismo. Também este fundo já apoiou mais de 6250 parceiros em 118 países – 189 milhões investidos até ao momento -, dos quais 54,3 milhões estão a financiar organizações europeias.
Para aceder ao completo da Digital News Initiative, clique aqui
Apurados finalistas do Prémio de Jornalismo Fernando de Sousa
Estão apurados os 18 finalistas da 4ª edição do Prémio de Jornalismo Fernando de Sousa, organizado pela Representação da Comissão Europeia em Portugal, no âmbito do respeito pela liberdade e o pluralismo da comunicação social.
Com um recorde de 93 candidaturas de jornalistas e estudantes de todo o país, foram recebidos 31 trabalhos para a categoria «Estudante», 16 para a categoria «Regional» e 46 para a categoria «Nacional».
Eleições europeias, proteção do ambiente, Brexit, direitos de autor, migração e integração, programas de intercâmbio, aumento de movimentos populistas e de extrema-direita, proteção de direitos fundamentais e cultura foram os temas abordados nas peças a concurso.
Este Prémio, para além de distinguir jornalistas e a estudantes do ensino superior de cursos de jornalismo ou comunicação social que tenham contribuído para a clarificação de questões importantes a nível europeu ou que tenham promovido um melhor conhecimento das instituições ou políticas da União Europeia em Portugal, visa homenagear o jornalista Fernando de Sousa, falecido a 9 de outubro de 2014.
Fernando Marcos Barbosa Rodrigues de Sousa nasceu em Lisboa a 16 de Fevereiro de 1949. Começou a sua carreira na Rádio Renascença em 1975. Na década de 1980 esteve em Londres, na BBC e foi correspondente do Diário de Notícias e do extinto O Comércio do Porto, a partir daquela cidade. Em 2006 recebeu a comenda da Ordem do Infante D. Henrique. Especialista em Assuntos Europeus, foi correspondente em Londres, na Alemanha e em Bruxelas (onde vivia desde 1990), tendo sido o jornalista português que mais cimeiras europeias acompanhou. Foi também co-apresentador dos programas “Europa XXI” e “Os Europeus”, transmitidos na SIC Notícias.
Os vencedores, um por categoria, serão anunciados, como previsto no regulamento, até ao fim de 2020.
Consulte aqui a lista de finalistas nomeados.