O jornalista, escritor e colunista Miguel Sousa Tavares revela, em entrevista à revista Visão, publicada hoje, que irá entregar a carteira profissional de jornalista, no final deste mês, após 45 anos a desempenhar esta função.
Nas palavras do escritor, autor do recente livro Último Olhar, “daqui a três semanas entrego a minha carteira profissional de jornalista e deixo de fazer jornalismo. Vou continuar a ter a minha coluna de opinião no Expresso – isso, para mim, não é jornalismo – mas acabaram as reportagens, as entrevistas, isso tudo. Ponto final.”
Assim, a última entrevista conduzida por Miguel Sousa Tavares foi realizada na passada segunda-feira, tendo como entrevistado o primeiro-ministro, António Costa, alcançando os 812.603 telespetadores, na TVI (onde os primeiros 16 minutos da entrevista foram transmitidos), 149.700, na TVI24 (onde a entrevista foi emitida na íntegra) e 14.806 telespetadores, na repetição, em diferido, nessa madrugada, à 01h36.
O diretor da revista Grande Reportagem, durante a década de 90, e autor de livros como Equador e Rio da Flores afirma, ainda, “Não sei se a escrita será o meu modo de vida, mas vai ser, seguramente, o meu modo de sobrevivência. É isso que me vai ajudar a não perder o juízo… Vai ser a minha bengala. Nunca vou deixar de escrever.”
Miguel Sousa Tavares começou a sua vida profissional na advocacia, que abandonou em favor do jornalismo, emergindo, também, na escrita literária. Foi colunista do jornal A Bola, diretor da revista Sábado, por seis meses e coordenador da secção Grande Reportagem, no jornal i. Foi comentador de atualidade na SIC e na TVI. Recebeu os Troféus de Televisão 2018 e 2019, na categoria de Melhor Comentador.