Da venda da participação de 64,47% do capital da TVI feita
pelo grupo espanhol Prisa, na passada sexta feira, dia 04 de setembro, surge um
novo leque de acionistas na estação de Queluz de Baixo.
Apesar de, até ao momento, nem a Prisa nem a Media Capital terem confirmado os
nomes dos novos investidores, segundo avançou o Expresso,
este grupo conta com caras mais e menos conhecidas do panorama mediático
nacional. Cristina Ferreira, atual diretora de entretenimento e de ficção da
TVI, com uma posição acima dos 2%, e os músicos Tony Carreira e Pedro Abrunhosa
estão entre as celebridades que apostaram na Media Capital. Entre os menos
reconhecidos pelo público em geral, destacam-se a família Gaspar, dona do grupo
Lusiaves, a família Serrenho, dona das Tintas CIN, e o empresário Luís
Guimarães, dono do grupo têxtil Polipiqué.
A Media Capital passará a ter uma estrutura acionista plural e
diversificada, com mais de dez acionistas portugueses, e em que nenhum deles
tem uma posição de controlo, e fez saber, através de um comunicado
enviado à imprensa nacional, que “foi informada pela PRISA de que a referida
promessa de venda foi por si executada através da celebração de vários
contratos-promessa de alienação com diversos investidores, realizadas
separadamente com cada um deles, sem que, do seu conhecimento, exista qualquer
acordo parassocial entre os aquirentes, tratando-se, pois, de dispersão de
64,47% do capital social da Media Capital pelo mercado”, adiantando ainda que
“tal dispersão das ações da Sociedade junto dos novos investidores não
resultará num novo domínio sobre a Media Capital por parte destes novos
investidores, na medida em que, tanto quanto é do seu conhecimento, não
existirá nova influência dominante em substituição do domínio da Prisa.”
Importa referir que os investidores que adquirirem mais de 2% do capital têm um prazo legal para comunicar as participações qualificadas ao mercado.