A Cofina Media, proprietária de meios de comunicação social como Correio da Manhã, CM TV, Record, Jornal de Negócios, Destak, Sábado, TV Guia, Flash e Máxima, anunciou a cessação de 26 contratos de trabalho, segundo carta enviada aos trabalhadores, consultada pela Lusa. O grupo contava, em março, com 656 trabalhadores.
A profunda crise que afeta o setor da comunicação social e a perda de volume de negócios no ano passado são os principais motivos apresentados pela empresa liderada por Paulo Fernandes.
O despedimento engloba quatro jornalistas, um fotojornalista, cinco revisores, quatro documentalistas, um coordenador geral de fotografia, cinco colaboradores da área de tratamento de imagem e extingue postos de trabalho na direção comercial.
No caso do Jornal de Negócios, após a saída do diretor André Veríssimo, segue-se, agora, o despedimento dos editores Manuel Esteves, editor de Economia, e Nuno Carregueiro, editor online do jornal.
Na carta enviada aos trabalhadores, a própria Cofina relembra a “profunda reestruturação” com a cessação de 100 contratos, através de rescisões por mútuo acordo e despedimento coletivo, em 2017, que afetou as redações. Na altura, indica a empresa, não se procedeu à reestruturação das áreas de suporte.
Ontem, o Sindicato dos Jornalistas (SJ) lamentou que a administração da Cofina Media tenha recusado o pedido para uma reunião sobre o despedimento coletivo, manifestando solidariedade com os trabalhadores e disponibilizando apoio jurídico aos associados. A estrutura sindical relembra, também, o despedimento coletivo de 65 colaboradores, em 2017.